Blog de literatura do EREMMVM   

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A Transformação

Aquela tarde de setembro foi a pior da minha historia. Luís, meu melhor amigo, chamou-me para pescar num lago perto da sua casa.
            — É um lago diferente, Bentinho! Ouço muitas histórias sobre ele. A luz do Sol parece não chegar lá. Falaram-me que é tudo escuro e os peixes são maiores que o normal.
Luís tinha razão! Nunca pude esquecer-me daquela cena. O céu escuro, o lago cheio, aves de rapina passando por lá, árvores enormes com galhos monstruosos. Com certeza não estávamos em um lugar comum.
Quando lá cheguei, deparei-me com um peixe enorme.
            — Que tipo de peixe é esse, Luís? Nunca o vi. Será uma espécie nova de Salmão?
Luís não respondia. Eu falava muito, ele, porém, não se manifestava em nada. Eu estava ficando preocupado, pois Luís era o mais falante de nós dois.
— Vamos para o outro lado!
            Luís parecia não me ouvir. Ele jogava o anzol para o lado, esse vinha repleto de peixes. Porém, para nada mais se movia. As horas passavam e tudo ficava ainda mais escuro. Foi quando de repente...
— Luís, o que é isso!? Seus olhos seus ouvidos, suas mãos... Você está vermelho! Está maior! Luís, pelo amor de Deus, fale comigo! Diga-me o que você tem! O que está acontecendo?
— Estou sentindo algo estranho – falou ele com a voz grave – Sinto vontade de te bater. Ouço vozes mandando te jogar no lago.
            — Como assim? Você está brincando, não é?
Ele tinha feição de seriedade. Meu amigo virara um monstro. Meu amigo já não era o mesmo que conheci. Parecia lutar contra si mesmo. Foi quando o inesperado aconteceu...
— Luís! Meu Deus, por que você se jogou aí? Esse lago é fundo, você pode morrer! Meu melhor amigo pulara num lago fundo para não me jogar. As vozes que a li havia escutado, eram os espíritos dos peixes mortos que lá estavam. Eles queriam se alimentar de minha carne. Mas, Luís não deixou. Jogou-se antes de ceder aos impulsos das vozes. Ele gritava para que eu fosse embora e eu procurava um jeito para ajudá-lo. Peguei um galho grande, forte e joguei para que ele pudesse se apoiar e eu o puxasse. Não foi fácil. Depois de quarenta minutos, eu trouxe meu amigo de volta. Ele estava são daqueles horrores. Demos um abraço! Pela primeira vez havia luz naquele lago.


DAYANNE MEYRELLEN - 2º Ano White
Orientador: Profº Pedro Marcos
Gênero: CONTO
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Escuridão Carmesim


Uma certeza
Um desejo
Um motivo

                   Um fraquejo
                   Uma decisão
                   O erro

                                      A insegurança
                                      O desespero
                                      Os problemas

                                                             As lágrimas
                                                             A escuridão
                                                             O medo

                                                                               As perguntas
                                                                               A solidão
                                                                               O momento

                                                                                                   Os cortes
                                                                                                   O sangue
                                                                                                   A satisfação

                                                                                                                     O sorriso
                                                                                                                     O êxtase
                                                                                                                     Uma luz

                                                                                                                                   A morte...

MAURÍCIO BARBOSA - 1º Ano Vermelho
Orientadora: Profª Nagaéte Tenório
Gênero: POESIA
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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Amigo Anjo

Deus mandou um amigo quando menos esperava, com a missão de me aconselhar em qualquer situação, qualquer momento.
Quando chegou, sua morada foi meu coração. Tinha certeza que se tratava de um anjo.
Se estou triste, seu coração lhe avisa, e você vem direto ao meu encontro. Sempre com palavras mágicas, palavras de consolo.
Se estou alegre, você está em paz.
Quando tomo a decisão errada, chega você e como sempre, me mostra o que fazer.
E não é que dá certo?
Agradeço e agradecerei eternamente a Deus por ter colocado você no meu caminho.
Sou feliz por ter sua eterna amizade!

Autora: Paula Tamires Gomes Domingos

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Viver a Vida

Às vezes escolho o silêncio da noite para pensar um pouco na vida.
O brilho fugaz da lua e o uivar dos ventos noturnos,
Completam o cenário aparentemente melancólico.
Reduzido apenas a mim mesmo, reflito ardentemente...
Penso nas obras das mãos do divino mestre.
O céu...
O mar...
A terra...
A lua...
As estrelas...
O sol...
Na vida!
Penso sobre a vida!
Dói! Como dói pensar sobre a vida.
A bem da verdade, a vida não foi criada para ser pensada, mas vivida.
E vivida intensamente!

Entretanto, viver a vida, não é algo tão fácil e descomplicado.
Engloba uma série de fatores, o que a torna muito complexa.
Cheia de mistérios...

Não deixarei a vida se esvair sem deixar nela marcas profundas.
Um dia, quem sabe, de repente,
Quando me procurar a morte, angústia dos viventes,
Eu possa entregar-me a ela tranquilamente.
Tendo plena consciência de que não passei pela vida como um mero expectador, mas, vivi.
Vivi a vida.
Intensamente...

Autor: Richard Max Bento Venceslau
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Simples Gestos

Numa troca de olhares,
Percebi que podia te amar.
No simples gesto teu de andar,
Percebi que os meus e os teus passos
Querem sempre juntos andar.
No balançar dos teus cabelos,
Pude sentir o sublime cheiro do amor,
Que fortemente me atrai e me une a ti.
Em teu sorriso,
Vi a luz que preciso para viver.
O teu olhar...
Ah, o teu olhar ao incidir sobre mim
Me desmancha...
Me confunde...
Provoca delírios...

Menina de belos gestos,
Peço-te incansavelmente:
- Me dá teu coração?

Através das minhas observações,
Pude concluir que és meu tudo;
E que sem você não posso viver.

Autor: Josibias de Oliveira Júnior
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Constatação

Ao te olhar profundamente nos olhos, permito-me viajar pelos labirintos da tua alma entristecida.
Sinto em ti um grito que ecoa calado... Um choro que rola contido... Uma dor que te consome e emudece.
Denuncias-te inconscientemente a um observador sensível.
Teu espírito flutua no mar negro da decepção.
Não confias nas pessoas...
Tens razão, eu sei.
Elas estão mergulhadas numa tão inefável egolatria, que não conseguem sequer, sentir e compartilhar as dores que deveras sente.
Coragem, amigo (a)!
Nessa estrada de solidão que caminhas, não estás sozinho (a)...
Há muitos semelhantes a ti, que quase viram a vida arruinar-se nessa lancinante realidade.
Não tens muitos amigos. Descobriste!
Tens a Deus... E também a mim.

Autor:Richard Max Bento Venceslau

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A Espera Findou

 Para tudo na vida, há um tempo determinado por Deus.
Tempo para esperar...
Tempo para chorar...
Tempo para silenciar...
Devemos vivenciá-los com plenitude, inteireza de espírito, alma e corpo,
Pois, cada tempo, é um estágio na vida, é uma oportunidade de aprendizagem.
Se não o vivenciamos, nada aprendemos. Todavia, se fazemos o contrário, crescemos, sobretudo, para nós mesmos.
Entretanto, hoje, as coisas mudaram!
Não é mais tempo de esperar, chorar, silenciar...
Deus determinou:
Hoje, é tempo de se confraternizar com o esperado e com ele e por ele sorrir!
Oh! Amigo...
Sorria!
A espera findou.


Autor:Richard Max Bento Venceslau
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