Blog de literatura do EREMMVM   

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Máquinas

Quando te vislumbrei, endoideci...
Enquanto não te criei,
Desassossegado fiquei...
Criando-te, realizado me senti.
Criada... Te magnifiquei,
Honrei, elogiei, bajulei, venerei,
Endeusifiquei, te dei a primazia...

Intelectuais e analfabetos; Pobres e ricos;
Gordos e magros; Pretos e brancos;
Rubros e encardidos; Sábios e ignorantes;
Hipócritas e sinceros;
Protestantes e católicos dizem em uma boca só:

“Viva a máquina!
Cuidem da máquina!”
Ah! máquina...
Ah. Máquina”.

Passado o tempo, mostraste-me quem és...
Tua capa caiu...
“De repente, do riso fez-se o pranto...”
Tomaste meu lugar no mundo,
Minha vida, meu lugar ao sol,
Meu açúcar, meu sal, meu ponto cardeal...

¾ Meu Ganha Pão ¾

Ah! Se o tempo voltasse...
Infelizmente,
Não volta...
Nunca...
Jamais...
De forma alguma...

Agora luto contra você...
Te combato... Reprimo...
Vilipendio... Desprezo...
E sofro...

Autor: RICHARD MAX BENTO VENCESLAU. Aluno do 3º Ano Gris
Produção Poética com orientação da professora Nagaéte Almeida

2 comentários:

  1. Fazer poesia é viajar no imaginário e aterrissar no concreto da realidade. Amei sua viagem e seu real. Professor Pedro Marcos

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  2. Parabéns, o seu poema é lindo. Abraços.

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